quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Mínimo não anima trabalhadores

Apesar de bem-vindo, o aumento do salário mínimo, publicado na última sexta-feira (23) no Diário Oficial da União, não foi considerado uma grande mudança para a maioria da população.
O economista Carlos Valentim explica que o aumento de 14,13% - que eleva a remuneração básica para R$ 622 - é ainda um percentual insuficiente porque está sempre muito próximo à inflação. "O Governo Federal estabeleceu uma política de ganhos reais reajustando a quantia de acordo com a inflação e o Produto Interno Bruto (PIB), o que considero importante, mas ela não dá conta sozinha de melhorar a distribuição de renda, porque traz um valor muito abaixo do que o mínimo necessário para garantir acesso à educação, saúde e cultura de qualidade", explica. "Nos primeiros meses se vê alguma diferença no orçamento familiar, mas depois os próprios gastos aumentam, pois novos hábitos de consumo são criados. Ou seja, é uma quantia que não necessariamente torna a família mais rica porque não se materializa em investimento. É a política do quanto mais se tem, mais se precisa", diz.
Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o brasileiro precisaria de um salário mínimo no valor de R$ 2.349,26 para conseguir arcar com suas despesas básicas, o que representa 3,7 vezes a mais do que o anunciado para 2012.
Além de não satisfazer os gastos pessoais do trabalhador, o aumento é ainda menos notável àqueles que o dividem para o sustento de uma família inteira.

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